Urbanização e sustentabilidade

Juntas na mesma estrada

 

A Jofege está sempre buscando diferentes formas de diminuir os impactos ambientais em seus projetos. Por este motivo, em obras específicas, é utilizado o asfalto ecologicamente correto. Já ouviu falar? O “Asfalto-borracha”, como é popularmente conhecido, leva tal nome por conter em sua composição 14% de pó de borracha de pneu, diminuindo, assim, o descarte incorreto deste. Além do reaproveitamento, o asfalto produzido pela Jofege tem a vantagem de ser altamente resistente se comparado com os asfaltos comuns. 

 

Vamos agora conhecer um pouco sobre o asfalto ecologicamente correto:

 

Quando e onde surgiu?

Na década de 60, o engenheiro e pesquisador Charles McDonald buscava materiais asfálticos que apresentassem boa flexibilidade na temperatura ambiente. O engenheiro percebeu que a borracha de pneu moída apresentava boas características elásticas e, por conta disso, estudou a influência do teor de borracha adicionada na mistura asfáltica, tipo de borracha incorporada, tempo e a temperatura necessária para produção.

McDonald observou que a mistura asfáltica resultante da liga com borracha apresentava ótimas características quando produzidas em altas temperaturas, patenteando a técnica em 1978. Embora realizada de forma empírica e simples, os ensaios realizados por McDonald permitiram estabelecer que a mistura asfalto-borracha deveria apresentar:

  • Mínimo de 15% em massa de borracha no Asfalto para adquirir viscosidade e a elasticidade necessária;
  • Temperatura de 177°C e mínimo 45 minutos de mistura para otimizar a produção da mistura.

 

Há quanto tempo está presente no Brasil? 

Apesar de este tipo de asfalto já estar presente nos Estado Unidos e na Europa há mais de seis décadas, ele só passou a ser utilizado no Brasil há menos de 20 anos. Segundo  Bernucci et al (2008), a primeira aplicação do Asfalto Borracha no Brasil foi na BR 116/RS em agosto de 2001. Contudo, o setor está sempre em desenvolvimento e expansão, principalmente, devido à forte atuação de entidades não governamentais e empresas privadas ligadas ao setor de pneumáticos.

 

VANTAGENS:

 

Além do seu valor ecológico, citado anteriormente, a aplicação do Asfalto borracha se difere do asfalto convencional pelas razões: 

 

  • Maior viscosidade 
  • Maior elasticidade 
  • Menos sensível a variações extremas de temperaturas 
  • Maior resistência à luz solar (raios UV)
  • Maior resistência à intempéries 
  • Envelhecimento mais lento 
  • Retarda a reflexão de trinca 
  • Diminui em aproximadamente cinco (5) decibéis o nível de ruído provocado pelo tráfego. 
  • Permite utilizar traços abertos e descontínuos, (ausência de agregado médio) 
  • Maior adesividade aos agregados 
  • Maior poder impermeabilizante
  • Maior atrito entre o pneu e o pavimento, minimizando assim o risco de acidentes. 

 

 

 

DESVANTAGENS:

Apesar de serem poucos, não podemos deixar de citar seus pontos negativos. Que são:

 

  • Desembolso um pouco maior na aquisição do Ecoflex; 
  •  Maiores temperaturas de usinagem e compactação que a mistura com ligante convencional;
  • Controle tecnológico mais apurado. 

 

 

É importante saber que, por ano, são descartadas 450 mil toneladas de pneus, o equivalente a cerca de 90 milhões de unidades utilizadas em carros de passeio. E cada pneu demora, aproximadamente, 600 anos para se decompor, e podem servir de criadouros para os mosquitos Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Por estas razões, unir a urbanização com a sustentabilidade é de extrema importância para 

diminuir os impactos ambientais, sem privar os cidadãos da comodidade de ter uma rua pavimentada. 

Preocupado com o meio ambiente e saúde da população, Grupo JOFEGE é pioneiro em logística reversa na construção civil  

A Logística Reversa, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei Federal nº 12.305 de 2010,  é “um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.

O serviço pode ser realizado por empresas de direito público ou privado que fabriquem, importem, distribuam ou comercializem produtos que gerem resíduos sólidos nocivos à natureza. A lei indica ainda os setores que são obrigados a realizar a Logística Reversa, são eles:

-agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;

-pilhas e baterias;

-pneus;

-óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

-lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

-produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Esse é um dos instrumentos implementados pela lei de 2010, que inclui também a coleta seletiva, inventário e sistema declaratório anual de resíduos sólidos, dentre outros procedimentos.

O grupo JOFEGE não se enquadra nos setores em que há obrigatoriedade desse tipo de ação, mesmo assim, preocupado com o meio ambiente e qualidade de vida da população, aderiu à logística reversa e passa a oferecer o serviço para seus clientes e parceiros, sendo pioneiro deste procedimento no setor de construção civil

A princípio a política de logística reversa será empregada pela JOFEGE para embalagens de cimento ou argamassa à base de celulose e gesso remanescente da construção civil. O serviço é destinado para produtos da JOFEGE e terceiros.

 

O gesso na construção civil

O gesso é um material muito utilizado na construção civil, seja para o revestimento de tetos e paredes, em componentes pré-moldados e acabamentos. Logo, devido ao seu uso diversificado nesse setor, a construção civil é uma das principais responsáveis na geração desse tipo de resíduo sólido. Devido às suas características químicas, o descarte e a decomposição incorretos do gesso pode contaminar o ar, solo e lençóis freáticos, por isso não é recomendável a incineração ou decomposição em aterros, mas a reutilização.

 

Logística reversa do gesso pela JOFEGE

Depois de muito estudo e análise, a JOFEGE desenvolveu uma estratégia de implantação da logística reversa para o gesso remanescente da construção civil e segue os seguintes passos:

1 – O primeiro passo é a separação do gesso de outros resíduos que deve ser feita pela empresa que solicita o serviço.

2 – O segundo passo é o armazenamento. O material precisa ser armazenado em bags de 1m³ até acumular uma carga equivalente a catorze toneladas.

3 – O terceiro passo é solicitar o recolhimento do material à JOFEGE. Para isso, a empresa solicitante precisa ter o equipamento necessário para o carregamento correto do caminhão.

4 – Após o carregamento, o material será encaminhado à unidade produtora de cimento da JOFEGE, onde passará pelo tratamento correto para retornar ao setor de construção civil.

 

Logística reversa de embalagens à base de celulose de argamassa e cimento

No caso das embalagens, o procedimento estabelecido pela JOFEGE segue as seguintes instruções:

1 – O primeiro passo é a separação e limpeza das embalagens por parte da empresa solicitante para que não haja resíduos de cimento ou argamassa nas mesmas.

2 – O segundo passo é amarração das embalagens em fardos de 120 sacos, aproximadamente.

3 – Ao completar a carga de catorze toneladas, a empresa poderá solicitar à JOFEGE o recolhimento das embalagens. Assim como para o carregamento do gesso, a empresa solicitante precisa ter o equipamento necessário para o carregamento correto do caminhão.

4 – As embalagens seguirão para a JOFEGE que entrará em contato com a empresa que presta serviço de coleta entulhos, embalagens e resto de madeira de acordo com a legislação ambiental. Após esse processo, a empresa solicitante do serviço receberá uma carta de anuência confirmando o recebimento e a destinação adequada do material, conforme a lei citada neste artigo.

É importante ressaltar que esse serviço oferecido pela JOFEGE não se aplica para embalagens de plástico. A política de logística reversa é oferecida às construções das quais a empresa atende e deverá ser solicitada a um representante da obra.

 

Política de logística reversa como estratégia de produtividade

A aplicação da política de logística reversa na construção civil pode ser vista como uma estratégia para agilizar a produtividade do setor. Um canteiro de obras com sobras e resíduos pode atrapalhar a organização e rotina da construção. Além disso, contatar uma empresa para realizar o recolhimento e destinação dos resíduos pode gerar ganho de tempo, já que o frete assim como a escolha da melhor empresa para a destinação ou tratamento de cada material, podem ser desgastantes e demorados.

História e Evolução da Construção Civil no Brasil

O que seria da humanidade sem a construção civil, não é mesmo? Neste texto, a Jofege te apresentará um breve resumo da origem e mostrará que ela sempre esteve presente na sociedade e continua em constante evolução. 

Origem do termo

No passado, a engenharia era dividida  em duas áreas:  Civil e  Militar. Com o passar do tempo essas áreas se fundiram e a construção civil passou a ser todo o tipo de obra que interage com uma sociedade. Como exemplo, podemos citar os edifícios (comerciais e residenciais), pontes, estradas, túneis, obras de saneamento, canais de navegação, entre outros. Além disso, passou a ser de suma importância para o desenvolvimento da civilização, principalmente pela geração de empregos, uma vez que ela conta com profissionais da engenharia, arquitetura, entre outras áreas, movimentando assim a economia local. 

No mundo

A construção civil está presente desde os primórdios da humanidade, quando os pré-históricos usavam as cavernas como forma de abrigo e proteção contra animais. Com o passar do tempo e a evolução dos povos, os humanos começaram a se proteger de outros humanos, e foi assim que começaram a cercar as primeiras cidades com muralhas. Os egípcios trouxeram a concepção de grandiosidade e estética, o que inspiraria a arquitetura no futuro. 

Encontrada entre o povo sumério em 3.500 a.C.,um marco na construção civil foi a invenção da roda, uma vez que este elemento facilitou o transporte de materiais e possibilitou a construção de grandes estruturas.

Com a construção de castelos, igrejas e catedrais, na Idade Média, a engenharia teve uma grande evolução, apesar de o conhecimento ainda ser genérico e baseado em erros e acertos. Neste período, os mestres construtores eram responsáveis tanto pelo projeto quanto pela construção e ambos, praticamente, ao mesmo tempo. 

Esta concepção permaneceu até a era Renascentista, no século XV. A partir de então começa o conceito de arquiteto e tem-se a divisão do projeto e da obra. Neste período surge a necessidade de especialização acadêmica em arquitetura na França e na Itália.
Somente na Revolução Industrial surgem os métodos, sistemas e materiais que deram origem à Construção Civil tal como a conhecemos hoje. Um fator muito importante é a maior participação do ferro e do aço nas construções. 

Ferro e aço

No final do século XVIII, o ferro passou a ter maior participação nas construções civis, já que é resistente e permite a criação de estruturas maiores e mais espaçosas. Contudo, foi apenas a partir da Revolução Industrial, no século XIX, que o ferro teve um maior impulsionamento, se consolidando como um dos principais materiais da construção. 

Desde então, a sociedade passou a ser mais urbanizada, e o ferro, assim como o  aço, passou a ser produzido e comercializado em larga escala. Consequentemente, as infraestruturas e as construções sofreram adaptações para que estes materiais fossem amplamente utilizados e tivessem maior relevância. Hoje, são indispensáveis para este setor.

Mas quando surgiu o conceito de Construção Civil no Brasil? 

Os primeiros registros são de 1684, escritos por Frei Bernardo de São Bento e nomeados de Declaração de Obras. Nele, o Frei descreve sua reforma em um mosteiro no Rio de Janeiro. Este manuscrito ganhou notoriedade devido à riqueza de detalhes relatando os processos, técnicas, dificuldades e soluções para elas. A partir de então, a construção civil no Brasil, era focada, principalmente, em construções de igrejas e fortificações.

Em 1800, com a liberação da imprensa, foi publicado o “Manual do engenheiro ou elementos de geografia prática”, escrito por Briche e apoiado pelo governador geral da Bahia, Conde dos Arcos. O Manual, não abordava muito sobre as práticas de engenharia e construção, mas falavam sobre o que era feito no processo de fortificação militar de construções existentes, o que foi de grande contribuição. Além disso, ainda traziam as influências da cultura portuguesa e francesa. 

É notório que, nesta época, os profissionais eram trazidos, principalmente, de Portugal e, as maiores contribuições feitas à construção civil eram fortificações militares e investigações mais teóricas e culturais. Esta realidade só começou a mudar em 1810, quando a Família Real chega ao Brasil e as primeiras escolas de Engenharia Civil começam a surgir, sendo a primeira delas a Real Academia Militar.

Evolução da Construção Civil – Anos 1900

Nesta época ainda eram os mestres de obra que administravam as construções, direcionando os trabalhos e lidando com os problemas. Com isso, eram eles que desenvolviam grande parte dos processos e técnicas aplicados no dia a dia dos projetos.

O auge da Construção Civil no Brasil foi em 1940, no governo de Getúlio Vargas. O setor teve um forte investimento em tecnologia de concreto, que estava em crescimento, na construção civil e nas atividades militares. Outra questão que favoreceu o Brasil, é o fato de estar no bloco dos aliados na Segunda Guerra Mundial, trazendo assim, tecnologias norte-americanas. Ainda neste período, ocorreu a construção da Companhia Siderúrgica Nacional, o que impulsionou a produção de aço, petróleo, cimento e energia no país.

Contudo, em 1950, com a diminuição de incentivos do Estado na construção civil, a iniciativa privada passou a tomar espaço. Somado a isso, o fato da grande maioria da população ser rural contribuiu para que a construção civil não tivesse um avanço significativo neste período.

Este cenário começou a mudar com a chegada de Juscelino Kubitschek ao governo entre 1950 e 1961. O presidente estabeleceu o Plano de Metas, popularmente conhecido como “50 anos em 5”, que tinha como objetivo aumentar o investimento em diversas áreas, incluindo a indústria e a construção. 

Um marco que foi de suma importância para a história da engenharia civil e arquitetura do país, foi a construção de Brasília. Com isso, o primeiro investimento foi na construção de rodovias. Consequentemente, houve uma intensificação na construção de edificações como casas, escolas, hospitais, entre outros, motivada pela facilidade de transporte. Sendo assim, as áreas rurais começaram a se desenvolver e os centros urbanos surgiram, ocasionando uma migração da população rural em busca de empregos e isso fez com que os investimentos em infraestruturas se tornassem essenciais. 

As influências do Regime Militar – Anos 1960

A evolução da construção civil se mantém constante neste período do Regime Militar e do chamado Milagre Econômico e, para que isso fosse possível, o país passou a receber empréstimos internacionais, o que acarretou dívidas externas.

Na década de 1970, o investimento do estado retornou com maior impacto e as iniciativas privadas tiveram permissão para construir apenas prédios de apartamentos e escritórios. Esta realidade permaneceu até o fim do Regime Militar, na década de 1980, em que as iniciativas privadas voltam a ter abertura e, por conseguinte, maior atuação na construção civil.

Neste período, o Brasil entrou na chamada Década Perdida, devido à dívida externa citada anteriormente. O PIB não crescia, não havia investimento em indústria e construção civil e a crise financeira era intensa.

A recuperação começou a surgir na década seguinte. A construção civil começa a se preocupar mais com os resultados das obras, a mão de obra qualificada passa a ser um grande diferencial, as construtoras continuam a crescer e os investimentos do governo começam a ser retomados.

Já nos anos 2000, a construção civil teve bastante ênfase, dada a herança da década de 90 e o retorno dos investimentos. Houve a criação de vários programas como Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de 2007, Minha Casa Minha Vida (MCMV), de 2009 e Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias (CREMA), de 2010, o que fez com que fosse notória a importância da construção civil para a economia. Portanto, o desenvolvimento do país volta a ser foco e o setor cresce entre 2008 e 2014, incentivado, principalmente, por eventos como a copa do mundo de 2014 e as olimpíadas de 2016. Em 2014, a construção civil passa por uma nova crise, resultado da retração do PIB e da falta de investimentos.

O que se espera do setor daqui para frente?

Como podemos notar, a interação com a sociedade é fundamental para a Construção Civil, então, cada vez mais é esperado que para o bom desenvolvimento da sociedade o setor associe tecnologia à sustentabilidade, bem como inclusão social e mobilidade; valores muito presentes no pós-modernismo. Assim, é preciso pensar a arquitetura urbana para além do desenvolvimento econômico, focando também no desenvolvimento humano, que atue em prol da qualidade de vida, da saúde e bem estar, que repense a emissão de poluentes e detritos, que torne tudo mais próximo, intuitivo e conectado com o mundo que a rodeia. 

A construção civil conta, através de tijolos e cimento, a história do mundo. Pensando nisso, a Jofege está sempre à procura de novas oportunidades para melhorar a qualidade do setor, buscando oferecer o melhor para seus colaboradores e, principalmente, para a sociedade, trazendo soluções práticas e viáveis para facilitar a vida de todos!